Eu me pergunto aonde vamos parar quando leio a notícia de que um Tenente Coronel, que estava ao volante, se viu no direito de não apresentar sua carteira de motorista (percebam que ninguém pediu um documento inapropriado para o momento como a carteira de trabalho ou passaporte, o que poderia justificar a negativa) simplesmente porque só “se relaciona” com patentes iguais ou superiores a dele.
Oi? Meu filho (desculpe, mas a partir do momento que o Sr. Tenente Coronel me faz uma besteira dessas eu posso igualá-lo ao meu filho que também insiste em se negar a escovar os dentes antes de dormir), ninguém nunca te ensinou que mais do que falar, fazer faz toda a diferença? Que exemplo você pretende dar a sua tropa se você não é capaz de cumprir uma simples lei, sem falar nos modos como tratou seus coleguinhas? Coisa feia. Não importa se seu colega é filho do porteiro ou da dona da escola, todos temos que ser tratados com respeito e por que não com carinho.
Ai, desculpem. Deixei meu lado mãe falar mais alto. Voltemos a vaca fria, ou a anta esquentadinha, como preferirem.
Tudo seria muito mais simples e menos ridículo se ao invés de xingar, gritar e fugir o Sr. tivesse apresentado a sua carteira de motorista e ido dormir em paz, aliás, paz que é seu dever manter, lembra?
Compreendo que fazendo isso o Sr. não teria como mostrar que é superior (?) e que está acima do bem e do mal. E que mal.
Falando nisso, me pergunto o que o Sr. temia? Será que a carteira estava vencida, será que estava alcoolizado? Será? Será?
Mais uma vez como mãe (e eu imagino a vergonha da sua neste momento) eu te diria que quem não deve não teme. Quando meu filho não quer me mostrar alguma coisa, já sei que ele aprontou.
Pronto falei.